Lá estava aquela jovem menina, com a chave que achara naquele baú empoeirado que há muito tempo estava naquele canto do sótão, já havia tentado abrir aquela porta antes, uma bela e clássica, daquelas de madeira antiga, que já havia sido limpa pela jovem que colocou a chave naquele pequeno e único buraquinho, depois começou a girar vagarosamente, parecia temer o que tinha atrás daquela linda porta, foi girando, girando, até que ouviu um barulho, parecia que a porta tinha se destrancado, então a empurrou, sem muita força, pois o medo já tinha tomado todas as forças que tinha antes, a porta foi abrindo lentamente, rangia, afinal estava lá, há anos, trancada, então a menina viu o sótão começar a se iluminar, a luz vinha daquela pequena porta, então o medo foi passando, e, ela, recuperou suas forças, até que conseguiu abrir completamente, viu um homenzinho, que se assustou ao vê-la, mas o pequeno homem era bem corajoso, sem medo de ela querer fazer alguma coisa ruim dali, aproximou-se e perguntou o que ela queria com ele e seus amigos, ela apenas disse que lá era lindo! E realmente era, aquelas árvores ao lado do caminho indicando aonde ir, as flores, que tinham um perfume diferente, mas muito bom, perfumava aquele ambiente, ela, encantada com tudo, pediu ao pequeno o que era ali, ele disse que era um mundo mágico, onde o Sol brilhava encantadoramente, a brisa balançava as folhas das árvores, o que mais parecia um "Olá"... Aquele corajoso homenzinho disse-a para acompanhá-lo, pois iria mostrá-la tudo, então ela atravessou a pequena porta, com um pouco de dificuldade, e foi atrás de seu novo amigo, ele a mostrou lugares lindos, que ela jamais sonhou em conhecer, conheceu "pessoas" e animais encantadores, sim os animais de lá falavam, e passou horas, e mais horas naquele lindo lugar, até que foi chamada para morar lá também, virar uma deles, e ela se lembrou de seus pais e amigos, e quis voltar! Os de lá insistiam que ela ficasse, mas de voltar para casa não se comparava a de ficar lá, e ela disse que não, pois não podia deixar tudo para trás, eles ficaram bravos e tristes, ela não entendeu, disse que sempre voltaria, e eles disseram para nunca mais voltar, então ela foi para seu sótão novamente, fechou aquela bela e pequena porta, trancou-a e guardou a chave no velho baú empoeirado que estava no canto do sótão, e nunca mais quis voltar, pois somente lá percebeu como eram importantes as pessoas que estavam ao seu lado sempre, e percebeu que sempre soube que precisa delas para viver!
Não importa onde estamos, com quem estamos, as pessoas realmente importantes para nós, sempre farão falta, por mais agradáveis e gentis que os outros sejam, por mais belo e perfumado que o lugar seja, sempre sentirá falta de quem realmente importa!
2 comentários:
superando-se hein?! ;*
tão perfeito *-*
Postar um comentário